Imortal da
Cadeira número 16 da Academia Norte-Rio-Grandense, que tem como patrono Segundo
Wanderley, primeiro ocupante foi Francisco Palma, segundo ocupante Rômulo
Wanderley e ela foi A terceira ocupante
STPM JOTA MARIA - MOSSORÓ-RN, 07 DE MARÇO DE 2021
Imortal da
Cadeira número 16 da Academia Norte-Rio-Grandense, que tem como patrono Segundo
Wanderley, primeiro ocupante foi Francisco Palma, segundo ocupante Rômulo
Wanderley e ela foi A terceira ocupante
Maria
Eugênia Macedo Montenegro, eleita prefeita do município de Ipanguçu-RN,no dia
15 de novembro de 1972, tomou posse em 31 de janeiro de 1973 e governou até 31
de janeiro de 1977. Em 29 de dezembro de 1971, membro da ANL. Nasceu no dia 7
de outubro de 1915, no município de Lavras-MG, onde se formou em
pedagogia. Na Faculdade, conheceu e se casou em 8 de dezembro de
1938, com o assuense Nelson Borges Montenegro, nascido a 26 de maio de 1915 e
faleceu a 1° de julho de 1996, filho de Manoel Montenegro e Cândida Borges
Montenegro. Em 1939 desembarcou em Assu-RN. Veio morar com o marido
na fazenda Itu, da família Montenegro.
O
marido, Nelson Montenegro era agrônomo com influências políticas. Ela, uma
professora. Mas quando chegou a Assu conheceu a escrita. “APOESIA, UMA DOCE
LEITURA, UMA VERDADEIRA ESCOLA DA VIDA”, CONSIDERADA NA ÉPOCA A ATENAS
Norte-rio-grandense.
Maria
Eugênia se apaixonou pela leitura. Depois pelos poemas modernistas de João Lins
Caldas, que a considerava como o maior poeta do Brasil, mesmo sem ter publicado
um livro. Não tinha dinheiro. Depois que morrei a Fundação José Augusto
publicou um livro com as poesias dele.
As lembranças
de Lavras inspiraram Maria Eugênia para escrever sua primeira obra, Saudade,
“Teu nome é Menin”. Depois foi o livro de poesias Azul Solitária. Logo em
seguida veio uma ficção, que Maria Eugênia chamou de Alfar, a Que Está Só.
Gostou e escreveu outro livro de história, A Andorinha Sagrada de Vila Flor.
Em
seguida veio a Piabinha Encantada e
Outras Histórias e depois Lembranças e Tradições do Assu. Fez um perfil de João
Lins Caldas, seu grande inspirador, professor de poesia. Pesquisou e publicou
Porque o Américo Ficou lelé da Cuca. Depois escreveu um romance, Lourenço, O
Sertanejo. Publicou em seguida contos verdadeiros e alguns fictícios, no livro
Todas as Marias; Lavras – Terra de Lembranças, Poemas do Entardecer e por
últimos Poemas de Outro Lado.
Maria
Eugênia recebeu o título de cidadã de Ipanguassu. Como morava num casarão no
centro de Assu, em seguida recebeu r o título de cidadã assuense, como também
recebeu o título de cidadão do Rio Grande do Norte.
Além de
escritora, atriz e membra da Academia Norte Rio-Grandense, ela também foi
política, em 15 de novembro de 1972 elegeu-se prefeita do município de
Ipanguassu-RN, assumindo em 31 de janeiro e governando até 31 de janeiro de
1977.
Quando
assumiu a Prefeitura de Ipanguassu, ela não encontrou nenhuma estrutura no
município que proporcionasse educação, a exemplo de quase todas as outras
cidades. Não tinha escola, hospital e nem teatro. Construiu escolas, um
hospital e um teatro. Ipanguassu foi o primeiro município potiguar a ter um
teatro. Construiu tudo isso, apesar do sofrimento que passou com a
enchente de 1974. Foi naquele ano que Maria Eugênia conheceu de verdade um povo
bravo, que a ajudava a prefeita contra a fúria das águas.
Para
quem pensava que Maria Eugênia já estava totalmente realizada, não acreditava
vê-la em cena no palco do teatro que ela construiu, na peça que ela mesma
escreveu. “Montou uma peça contando a vida do soldado da gloriosa e amada
Polícia Militar do Rio Grande do Norte, Luiz Gonzaga de Souza, natural de Ipanguaçu,
que morreu no movimento contra os comunistas em Natal, em 1935. Luiz Gonzaga
não sabia nadar. Quando os comunistas se aproximaram, os seus companheiros
fugiram nadando. Ele ficou. Foi fuzilado.
A peça
foi um tremendo sucesso. A família do soldado Luiz Gonzaga veio assistir a
peça. Aplaudiu de pé. Ela faleceu no dia 29 de abril de 2006
Imortal da Cadeira número 16 da Academia Norte-Rio-Grandense, que tem como patrono Segundo Wanderley, primeiro ocupante foi Francisc...